Depois de (quase) uma semana sem postagens, estamos recomeçando. O
motivo? Estou estudando horrores, e ainda tenho que fazer mais um meio
milhão de coisas que prefiro chamar de "afazeres cotidianos". Mas um dia a gente ajeita! (Será? kkkk) Isso talvez traga algumas alterações para o Racionalizando, como o fato de (provavelmente) eu passar a postar somente traduções ou somente textos breves durante algum momento, mas, como já dizia o filósofo: "tudo na vida passa, até a uva passa".
Ri gente. Foi piada.
Mas voltando... A postagem de hoje é um prelúdio à uma série que eu sempre tive vontade de fazer, desde o ano passado: o problema do mal. Basicamente eu quero tratar de assuntos tais como a existência do mal na Terra, a existência do inferno, o sofrimento humano, desastres naturais e não-naturais, etc. Tudo isso à luz da existência plena e soberana de um Deus bondoso. Pretendo fazer uma série de vídeos para poder acompanhar o assunto e que deverão serem postados junto com os textos, mas, como eu já expliquei ali em cima, o tempo é contra mim, pelo menos até o fim de novembro.
Mas chega de lero-lero. Vamos ao artigo!
A maneira como encaramos o sofrimento hoje em dia é um verdadeiro referencial para separar cristãos e cristãos. Longe de ser um assunto de consenso, o tema do sofrimento atualmente é algo que, quando não está completamente distante dos púlpitos, está simplesmente sendo distorcido em algo completamente diferente. Exatamente por isso este artigo não tem a intenção de ser "acadêmico", como talvez possam ser outros que nós trataremos aqui no site, mas preferimos trazer, neste momento, esse assunto de forma simples e sob os ensinamentos bíblicos.
Mesmo as igrejas que não tem diretamente se filiado à chamada "Teologia da Prosperidade", quando não adotam uma posição biblicamente fundamentada acerca de suas doutrinas terminam tendo um discurso do tipo: "Deus quer lhe prosperar!" ou "Mesmo que você passe por problemas, o desejo de Deus é que a sua vida pessoal e financeira sejam plenas!". Realmente creio que esses pregadores não desejam aproximar seus ouvintes de um convite ao "Evangelho do Interesse Pessoal", mas será que existe fundamento bíblico para essa pregação?
Ri gente. Foi piada.
Mas voltando... A postagem de hoje é um prelúdio à uma série que eu sempre tive vontade de fazer, desde o ano passado: o problema do mal. Basicamente eu quero tratar de assuntos tais como a existência do mal na Terra, a existência do inferno, o sofrimento humano, desastres naturais e não-naturais, etc. Tudo isso à luz da existência plena e soberana de um Deus bondoso. Pretendo fazer uma série de vídeos para poder acompanhar o assunto e que deverão serem postados junto com os textos, mas, como eu já expliquei ali em cima, o tempo é contra mim, pelo menos até o fim de novembro.
Mas chega de lero-lero. Vamos ao artigo!
A maneira como encaramos o sofrimento hoje em dia é um verdadeiro referencial para separar cristãos e cristãos. Longe de ser um assunto de consenso, o tema do sofrimento atualmente é algo que, quando não está completamente distante dos púlpitos, está simplesmente sendo distorcido em algo completamente diferente. Exatamente por isso este artigo não tem a intenção de ser "acadêmico", como talvez possam ser outros que nós trataremos aqui no site, mas preferimos trazer, neste momento, esse assunto de forma simples e sob os ensinamentos bíblicos.
Mesmo as igrejas que não tem diretamente se filiado à chamada "Teologia da Prosperidade", quando não adotam uma posição biblicamente fundamentada acerca de suas doutrinas terminam tendo um discurso do tipo: "Deus quer lhe prosperar!" ou "Mesmo que você passe por problemas, o desejo de Deus é que a sua vida pessoal e financeira sejam plenas!". Realmente creio que esses pregadores não desejam aproximar seus ouvintes de um convite ao "Evangelho do Interesse Pessoal", mas será que existe fundamento bíblico para essa pregação?
Certa vez, ouvindo uma ministração dessas que citei acima, percebi que tudo não passava do mero problema de que a pessoa que estava pregando não conseguia conciliar no seu sistema teológico a declaração de Jeremias 29:11:
Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
Com a afirmação de Jesus em Lucas 9:23-24:
Afinal Deus vai me dar o fim que eu espero, ou Ele quer que eu tome a minha cruz e morra? Parece que esse era o problema na mente daquele homem: até que ponto eu devo ser semelhante ao exemplo que Cristo nos deixou nesta Terra?
Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará.
Afinal Deus vai me dar o fim que eu espero, ou Ele quer que eu tome a minha cruz e morra? Parece que esse era o problema na mente daquele homem: até que ponto eu devo ser semelhante ao exemplo que Cristo nos deixou nesta Terra?
A SEMELHANÇA QUE DEVEMOS TER COM O
CRISTO
Muitas vezes algum irmão pode comentar: “Ah, mas o sofrimento de Jesus não pode ser colocado como uma referência, afinal de contas já era o Plano de Deus, já era a missão de Cristo vir a essa Terra para sofrer e morrer por nós.”
E aqui eu preciso dizer, que não era esse o pensamento de Jesus. E isso fica bem claro em João 15:20 quando Ele nos diz que:
Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, guardarão também a vossa.
Jesus está dizendo que assim como ele nós seremos também perseguidos. E é exatamente isso o que o apóstolo Paulo nos fala quando escreveu a carta aos Filipenses, ele diz:
Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” (Filipenses 3:10-11) (grifo nosso)
O
terreno do sofrimento, principalmente quando falamos do sofrimento enfrentado
pelo Cristo, é um local onde devemos ter uma especial atenção. Porque quando
falamos de Cristo e sofrimento, esses dois pensamentos juntos, isto geralmente
nos leva a um mesmo destino: a cruz.
Esse é um dos pontos que precisamos compreender antes de qualquer coisa na nossa jornada com Deus: que a cruz da qual Cristo fala, que a cruz que ele mesmo foi pregado, carrega um significado de obediência. E é muito fácil, para um grande número de pessoas que não conhecem verdadeiramente a Deus pensar: “Como pode, o Filho de Deus, o PRÓPRIO Deus na forma de homem, sacrificar-se numa cruz?”, e a resposta para isso está em Filipenses 2:4-8:
Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Obediência.
Parece que esta é a palavra principal desse trecho que nós acabamos de ler. E o mesmo versículo diz ainda que por conta dessa obediência à Deus, Jesus buscou humilhar-se a si mesmo. E essa palavrinha é outra coisa que parece estar muito difícil de se encontrar hoje em dia... As pessoas perderam a noção de honra, de respeito, de obediência...
É
muito fácil alguém ir até uma igreja e falar mal de um pastor. É muito fácil
alguém viver como bem quer, como se Jesus jamais tivesse existido. Mas e a
obediência? E o respeito? Jesus
não veio à Terra para jogar futebol ou comer feijoada. O Cristo veio até nós
com muitas intenções, e uma delas, uma das principais delas foi: dar um exemplo. A
morte de Cristo naquela cruz significa Ele dizendo pra nós: “Pense um pouco
menos em você mesmo e mais no seu próximo.”
E é necessário entender que o sacrifício de Cristo não foi à toa. Havia um propósito, afinal, sacrifício sem propósito não passa de masoquismo. Um pouco depois do texto que acabamos de ler, na carta aos Filipenses 2:9-11, está escrito que:
Por isso [pelo sacrifício] Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Fica
bem claro que o sacrifício do Cristo deu a Ele um nome acima de todo nome, para
que diante Dele sejam dobrados todos os joelhos em adoração e reconhecimento de
que Ele é Deus e Senhor de tudo o que existe e existirá. O
apóstolo Pedro nos fala que nós vamos nos alegrar na mesma glória de Jesus,
através da nossa obediência a Ele:
[...] alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria. Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês, pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vocês. Se algum de vocês sofre, que não seja como assassino, ladrão, criminoso ou como quem se intromete em negócios alheios. Contudo, se sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus por meio desse nome. (1 Pedro 4:13-16)
A VERDADEIRA MENSAGEM DO EVANGELHO
Jesus nunca mentiu.
Na verdade, somos nós quem muitas vezes não temos tido a coragem de abrir as nossas Bíblias e enxergar ali a verdadeira mensagem do Evangelho. O Cristo nos fala em Mateus 24:9 que “[...] vocês serão odiados por todas as nações por minha causa” e mais à frente, em Lucas 10:3 Ele diz que “[...] eis que vos envio como cordeiros em meio a lobos”.
Jesus
sempre foi muito sincero com seus discípulos, e conosco também, acerca daquilo
que realmente devemos estar dispostos a enfrentar quando decidimos ir pelos
caminhos de Deus. E
para não dizer que o Filho de Deus exagerou de algum modo quando falou essas
coisas, nós podemos ver, lá no livro de Hebreus, alguns exemplos de homens e
mulheres que serviram a Deus:
[...] Alguns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição superior. Outros enfrentaram zombaria e açoites, outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e grutas. (Hebreus 11:35-38)
Estes homens tinham uma esperança que não se realizaria nesse mundo!
Onde
está a nossa esperança? Onde estão apoiados os nossos sonhos?
O apóstolo Paulo fala sobre algumas coisas que ele enfrentava e como ele enfrentava:
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. (2 Coríntios 4:8-12)
E existe
ainda um relato mais impressionante no livro de Atos:
[...] Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Depois, ordenaram-lhes que não falassem em nome de Jesus e os deixaram sair em liberdade. Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do nome de Jesus. Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo. (Atos 5:40-42) (grifo nosso)
Quando
falo aqui de sofrimento, quando falo dos apóstolos, e de tudo o que eles
passaram, eu não quero e nem é a
intenção da Palavra de Deus, falar de uma busca pelo sofrimento, ou de um
desejo de ser castigado por alguma coisa. Sofrer com Cristo não é uma loucura
onde desejamos passar necessidades, é um sofrimento que surge na nossa própria certeza
(que nos advêm do Espírito Santo) de entregar a nossa vida para Cristo independentemente das circunstâncias. É um
sofrimento que existe na caminhada, que ocorre, seja pelas razões naturais,
seja pelo nosso incomodar às trevas.
É
aqui onde eu gostaria de tratar de outro ponto, que tem sido, talvez, um dos maiores problemas (e um dos maiores erros também) do nosso evangelicalismo moderno: sofrimento não é castigo.
SOFRIMENTO NÃO É CASTIGO – PELO
CONTRÁRIO!
Sim, porque existe um mito na nossa cultura, existe uma imaginação coletiva, principalmente no meio "gospel" que fala sobre isso, e todos já devem ter escutado pelo alguma uma vez: “se você está sofrendo, é porque você está em pecado”. Jesus disse que existe até mesmo sofrimento sem causa! Acredite você! Está lá no Evangelho segundo Lucas:
[...] vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão. (Lucas 13:4-5)
A torre caiu! Simples assim. Aconteceu um acidente e pessoas morreram.
Mas na nossa cultura, parece que todo mal do mundo só pode ser causado por demônios! Se fosse assim, de acordo com tudo o que lemos aqui até agora sobre a vida de Paulo ele deveria ter sido a criatura mais possessa da face da Terra, mas nós bem sabemos que ele, bem distante disso, foi um dos homens mais usados por Deus até hoje! E olhe só o que ele diz sobre o seu testemunho durante a sua vida com Cristo:
São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos estrangeiros, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto. (2 Coríntios 11:23-31)
E quem acha que Paulo ficava se maldizendo por conta de seus problemas e atribulações, muito se engana, o apóstolo na verdade se alegrava com todas essas coisas e aconselhava que todos se preocupassem em viver uma vida semelhante:
“Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês [...]” (Colossenses 1:24a)
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;” (2 Coríntios 4:17)
“[...] todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus sofrerão perseguições.” (2 Timóteo 3:12)
E, para fechar com chave de ouro, ele ainda diz que é somente através de muitas tribulações que entraremos no Reino de Deus (cf. Atos 14:22b). E existe aqui, um tipo de sofrimento, que não é pancada nem chicote, mas que gera um incômodo por dentro, aquele sofrimento que é gerado quando resistimos ao pecado. E isso fala tanto àqueles que estão iniciando a sua jornada no caminho de Deus quanto àqueles que há muito tempo já conhecem disso que estou falando.
Resistir
ao pecado não é fácil, não é rápido, nem é gostoso. Principalmente quando
precisamos resistir àqueles pecados que mais nos marcam, e mais geraram feridas
em nós. E existe um monte de gente aí fora, que escuta a Palavra de Deus, sabe
que ela é o único e verdadeiro caminho, mas prefere tapar os ouvidos ou fingir
que não escuta. E o motivo para isso é bem simples: eles não querem abandonar
seus pecados.
Abandonar um pecado exige renúncia, dependência de Deus, luta, dor e resistência. Como o bom cearense gosta de falar, para resistir ao pecado é preciso ser “cabra macho”! E mulher de coragem!
Lutar contra o pecado exige dor, mesmo que ela seja extrema. É exatamente disso que fala o autor da carta aos Hebreus:
Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem. Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue. (Hebreus 12:1-4) (grifo nosso)
O nosso Deus exige de nós uma lealdade acima de qualquer outro, um compromisso que a nossa carne jamais desejaria fazer, uma certeza acima do nosso entendimento, porque aqui nós não estamos falando de um carro, nem de uma casa, nem de um emprego, nem de um clube: nós estamos falando de Deus! Do único e verdadeiro Deus!
A FÉ É MUITO SUPERIOR AO SOFRIMENTO
Depois do que conversamos aqui, uma das perguntas que talvez você se faça é: “Por quê?”. Por que um Deus amoroso permitiria que Seus preciosos filhos sofressem ou até mesmo os chamaria a sofrer? O que quero dizer é: Deus pode fazer qualquer coisa! Por que o Evangelho não poderia ser: “Venha a mim e te darei saúde, riquezas e felicidade”?
Vamos ser sinceros, é no sofrimento que somos provados e temos a possibilidade de sermos aprovados. Falando de experiências pessoais agora: você pode ver milhares de cristãos dando “Glórias” ao Senhor enquanto suas vidas estão boas, mas quando você vê uma cristão que glorifica a Deus mesmo quando tudo está indo de mau a pior, é aí que você olha pra aquele cara e pensa: “esse é um homem de Deus!”.
O sofrimento, depois de tudo o que nós já falamos aqui, me parece ser uma perfeita oportunidade de provarmos para nós mesmos o quanto nós amamos verdadeiramente o Pai. Essa é uma das razões pelas quais nós vimos Paulo tantas vezes dizer que sofrer pela causa do Evangelho era um privilégio.
É o sofrimento que revela, para nós mesmos, a nossa fé.
O salmista escreveu “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo;” (Salmo 23:4a). Ele falava por fé. Ele diz que não vai ter medo não porque ele é o super-homem, ou porque ele não se assusta com coisa alguma. Ele simplesmente não tem medo, nem mesmo da morte, porque a fé daquele homem não está nas coisas deste mundo, mas sim em Deus.
Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. (2 Coríntios 4:18)
As
coisas que não vemos, a companhia de Deus ao nosso lado, que não conseguimos
enxergar com os nossos olhos humanos, é o que nos deve sustentar na caminhada. Não
importa o nosso sofrimento, Deus continua conosco. Jesus não nos abandonou.
Quando aquelas mulheres foram, ao terceiro dia, embalsamar o corpo de Jesus,
elas encontraram um anjo que lhes disse: “Mas ide, dizei [...] que Ele vai adiante de vós” (Marcos
16:7) (grifo nosso)
O nosso Cristo vai adiante de nós. É ele quem vai à nossa frente, diante dos nossos sofrimentos, verdadeiramente nos ajudando e nos consolando em todos os momentos. Esta não é a nossa casa, este não é o nosso reino. O nosso lugar é o céu, e é lá onde nós receberemos todas as coisas que o Senhor tem preparado para nós.
Por uma Teologia do Sofrimento
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