No contexto cristão, muitas vezes, confessar a depressão
ou pedir ajuda para sair desse estado escuro e frio pode ser visto com maus
olhos por uma boa parcela das pessoas. “Isso não é coisa de crente” é uma condenação
comum que vem junto de “crente não fica depressivo”.
Afirmações como estas não poderiam estar mais enganadas.
A história dos santos homens de Deus está repleta de casos em que o desespero os atingiu de tal modo que mesmo a morte parecia-lhes melhor alternativa. Moisés sentiu tão pesado o fardo de sua tarefa que confessou não ser capaz de carrega-lo, mesmo tendo sido testemunha de tudo o que Deus havia feito (Nm 11:14-15), Elias clamou pela própria morte, mesmo tendo sido instrumento de Deus para confrontar 400 profetas de Baal (1Rs 19:4), Jonas também considerou que melhor seria estar morto, ainda que tivesse sido apontado por Deus como aquele que pregaria a uma cidade inteira por arrependimento (Jn 4:8).
A história dos santos homens de Deus está repleta de casos em que o desespero os atingiu de tal modo que mesmo a morte parecia-lhes melhor alternativa. Moisés sentiu tão pesado o fardo de sua tarefa que confessou não ser capaz de carrega-lo, mesmo tendo sido testemunha de tudo o que Deus havia feito (Nm 11:14-15), Elias clamou pela própria morte, mesmo tendo sido instrumento de Deus para confrontar 400 profetas de Baal (1Rs 19:4), Jonas também considerou que melhor seria estar morto, ainda que tivesse sido apontado por Deus como aquele que pregaria a uma cidade inteira por arrependimento (Jn 4:8).
Mesmo homens escolhidos por Deus sofrem dores que eles
consideram maiores do que eles mesmos e sofrimentos que causam dores
intangíveis.
Talvez o nosso costume pessoal de ler a Palavra sem
tentarmos sentir o que passavam aquelas pessoas, nos leva a uma posição
impessoal, uma análise superficial, que considera toda uma vida sem considerar
suas nuances, que olha para um trecho onde se mostra patente o sofrimento e a
dor de um homem mas que acelera a leitura para encontrar onde todas as coisas
se acertarão e tudo dará certo.
Não dá pra fazer isso na nossa vida.
Quando a depressão nos ataca ela termina por encher a
nossa mente com sensações de fardo, solidão, trevas e todo tipo de experiência
dolorosa que pode nos levar a pensar numa diversidade de pecados contra a nossa
vida, em todas as áreas.
A depressão espiritual é real e pode chegar a níveis
graves, somente quem já sofreu consegue compreender o quanto ela pode ser dura
e cruel, mas, como cristãos, sabemos que a única solução só pode ser encontrada
estando de joelhos, aos pés do Salvador, enquanto clamamos: “Senhor, eu creio,
ainda que eu sinta vacilante a minha fé, eu creio.”
ALGUNS CONSELHOS PRÁTICOS
Se você chegou até esse artigo porque está enfrentando um
negro período de depressão, pensando em tirar a própria vida ou porque conhece
alguém que esteja passando por isso, deixo aqui alguns conselhos práticos de
quem já luta contra a depressão há um bom tempo:
(a)
Mova-se para a Luz
Por mais absurdo que possa parecer, esse não é um
conselho impossível. Acredite. É certo que a depressão tira boa parte do nosso
elã vital mas ela não é suficiente para nos incapacitar: nossa força está em
Cristo. É Ele quem comanda as nossas vidas e Ele quem tem o poder de nos livrar
do aguilhão da morte. Leia o livro de Eclesiastes, onde o autor fala
abertamente sobre as dores e os sofrimentos que sente, leia os Salmos e consiga
compreender os sentimentos do salmista, pois seja na vitória, seja no
sofrimento, tudo o que ele deseja é que a sua vida glorifique ao Senhor. Não
tenha medo de se achegar a Deus num momento de fraqueza.
(b)
Você não está sozinho
Em nenhum sentido! Lendo a Bíblia você percebe que outros
homens e mulheres de Deus passaram pelas dores da depressão e olhando para os
lados você pode encontrar apoio com os seus irmãos e irmãs na igreja e na sua
família. Não se isole tentando resolver sozinho, quando ficamos fechados toda
situação só piora e os problemas e medos só parecem aumentar, ainda que eles
sejam os mesmos. Confesse a depressão que você está sentindo para alguém que
você confie plenamente, ore junto com essa pessoa. Não tente viver o
cristianismo no modo solitário, principalmente com relação aos seus problemas.
(c)
Cristo compreende o seu sofrimento
Jesus compreende PERFEITAMENTE as trevas do sofrimento
humano (Hb 4:15) e Ele mesmo sofreu profundamente desde o Getsêmani ao Gólgota
um sofrimento tão intenso quem provavelmente nem eu nem você nunca
conseguiremos compreender. Sua tensão e a pressão que Ele sentiu eram tão
terríveis que Ele chegou a suar sangue, num estado máximo de tensão. E Ele
tomou parte de todos esses sofrimentos por vontade própria, para que todo
aquele que fosse entregue em suas mãos pudesse ser liberto do pior de todos os
sofrimentos, que é a separação eterna de Deus. Sempre que pensarmos em
sofrimento precisamos começar pela cruz, pois no seu indescritível sofrimento
encontramos a redenção pelos nossos pecados.
Deus nos deu uma vida para ser vivida para Ele e não para
ser manipulada pelas nossas emoções e dores: se Ele vive, nossa felicidade está
garantida e nossa razão de viver está alicerçada em terreno firme.
O Senhor é a nossa força, mesmo quando a nossa fé vacila.
O Senhor é a nossa força, mesmo quando a nossa fé vacila.
O cristão nas trevas da depressão
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