NOTA: A resposta de hoje do Dr. Craig pode parecer um tanto
quanto confusa ou complexa para aqueles que não estão habituados com o
assunto, principalmente por conta das referências e dos pensamentos
citados. Em breve, realizaremos uma postagem explicando detalhadamente o
Argumento Moral para a existência de Deus sob a ótica de William Lane
Craig e Alvin Plantinga. Por enquanto, vamos à resposta. Eu confio que vocês vão entender.
PERGUNTA: Minha pergunta tem a ver com a discussão sobre Deus como um ser
logicamente necessário, no livro em que o senhor debate com Antony Flew
[Stan Wallace(org.), Does God Exist? Réplicas de K. Yandell, P.
Moser, D. Geivett, M. Martin, D. Yandell, W. Rowe, K. Parsons e William
Wainwright. Aldershot: Ashgate, 2003].
Para esclarecer, o senhor afirma que Deus, para ser logicamente
necessário, tem de ser onipotente, onisciente em todos os mundos
possíveis. O senhor demonstrou esses pontos mediante os argumentos: kalam, ajuste fino e argumentos morais, respectivamente. Esse resumo está certo?
Minha indagação diz respeito à objeção de Yandell/Swinburne. De
acordo com eles, Deus não serve para explicar a objetividade da
moralidade. O senhor argumenta que é pelo fato de ser logicamente
necessário que (entre outras razões) Deus pode explicar a moralidade, o
que parece (segundo penso) um argumento circular, uma vez que o senhor
precisa da prova do argumento moral para demonstrar que Deus é
logicamente necessário, a fim de poder retrucar a objeção de Swinburne.
Mas entendo que o senhor precisa rebater a objeção antes de defender que
Deus é logicamente necessário. Qual a sua réplica? Será que entendi
corretamente?”.
Thomas